domingo, 22 de abril de 2007

Operação Furacão: decretada prisão de 21

STF determinou soltura de quatro, mas um não saiu porque foi preso em flagrante.
Prisão preventiva dos demais foi autorizada e pode seguir até fim das investigações.
Do G1, em Brasília entre em contato



Vinte e um presos na Operação Furacão tiveram a prisão preventiva decretada, informou neste sábado (21) a Superintendência da Polícia Federal.



Por conta de quatro presos que tinham foro privilegiado, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o desmembramento do processo e a soltura dos quatro magistrados, sendo que um não saiu porque foi preso em flagrante. Os processos dos magistrados serão analisados pelo STF; os demais serão julgados na Justiça comum.



Um oficial de Justiça do STF entregou o alvará nesta tarde e eles foram libertados no início da noite. A decisão foi do relator do processo, ministro Cezar Peluso, do STF, e beneficiou os desembargardores José Ricardo de Siqueira Regueira e José Eduado Carreira Alvim, e o procurador do Rio de Janeiro, João Sérgio Pereira.



O juiz do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Campinas, Ernesto Dória, também teve soltura determinada mas não foi libertado por ter sido preso em flagrante por porte ilegal de arma. A situação do magistrado permanece indefinida.

O processo contra os outros 21 foi remetido para a 6ª Vara da Justiça Federal do Rio de Janeiro, que aceitou, na noite de sexta-feira (20), o pedido de prisão preventiva dos 21. Agora, eles poderão ficar presos até o término das investigações.



A Procuradoria-Geral da República havia pedido também a prisão preventiva do ministro do STJ Paulo Medina, irmão de um dos acusados e citado nas investigações. O STF, no entanto, negou o pedido. Medina pediu licença do cargo alegando razões médicas.



A Operação Furacão, realizada no último dia 13, prendeu 25 pessoas acusadas de envolvimento em exploração de jogos ilegais, corrupção de agentes públicos, tráfico de influência e receptação.




Dinheiro

A PF segue o rastro do dinheiro usado no esquema. Concentrou as investigações na movimentação financeira da quadrilha dos caça-níqueis e espera receber, na próxima semana, relatórios dos serviços de inteligência do Uruguai, de Portugal e de outros países onde foram feitos depósitos por integrantes do esquema.

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